A rainha Frida amava flores. Fez belos jardins à volta do castelo e neles passava os dias, cuidando das flores com desvelo. Eram muitas; rosas, dálias, orquídeas. Nobres de todo o reino vinham ao jardim e lá perdiam horas na contemplação de suas cores.
Só um afeto superava no coração da rainha o amor pelas flores. Um afeto de nome Brenda, sua pequena e única filha.
Certo dia, Brenda acordou doente. A tristeza dominou o castelo e Frida desesperou-se. Não lembrava mais das flores, o dia inteiro ao lado da filha. Quando a criança piorou, o rei chamou o médico da corte, que afirmou que Brenda não viveria mais que um dia.
No fim da tarde, Zeko, o jardineiro real, trouxe ao quarto da pequena uma flor nunca vista. Com pétalas de cores várias, seu perfume era inebriante. Pôs a flor ao lado da cama e disse à rainha:
‘As flores sabem os segredos da vida e da morte.’.
No dia seguinte, Brenda acordou curada. Como explicar? espantou-se o médico. Mas a rainha sabia a fonte do milagre. Ao lado da cama, murcha, jazia a flor desconhecida.
Nunca mais se viu outra flor igual. Nem mesmo quando, anos depois, a princesa Brenda passeava pelo jardim, aninhando nos braços sua filha, linda e saudável.
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 10/03/2008
Alterado em 10/05/2013