Chegou minha vez, amada
De partir no quieto, madrugada
Para não agitar teu sono fugaz
Embora durmas distante
Nos braços de outro rapaz.
Saio passo a passo, na paz
De quem tudo fez pelo abraço
Pela volta do teu querer errático.
Mas agora tudo não há de ser
Ilusão desbotada, fim de estrada
Sem volta e sem amanhecer.
Eu parto pois não há ficar
Neste aguardar sem calma
Por alguém que decidiu voar...
Voastes, amada, noutra madrugada
Quieta, quieta
Sem chorar, sem dizer nada.
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