Textos


 

 

 

E então meu filho chama

Para assistir televisão...

E eu vou, não para rever os Jetsons

Mas para aprender sobre o fundo do mar

A fossa de Mariana, a superfície lunar...

 

Noutro dia ele me intima

A jogar futebol no estádio da imaginação...

E lá vou eu, escalar minha incompetência

Com a cobiçada redonda, coração da nação...

 

Noutras vezes é a vez do violão...

Onde ele já ensaia smoke on the water

Diante de uma extasiada multidão...

E lá vou eu dedilhar uma não melodia

Porque ainda não chegou o dia

De virar roqueiro e musicar a poesia.

 

O bom mesmo é quando ele pergunta

Quem eram os gauleses, os romanos

E então dou saltos de dois mil anos

Só para ele entender onde está.

 

 

A tudo faço e não me falta voz

Já que a essência de estar vivo

É ver a própria vida

Tornar-se vida diante de nós.

alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 04/05/2024


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