Porquê continua esta febre rebelde
De insistir no absurdo próximo?
Porquê esta inquietude não cede
Se de tudo sei que nada posso?
O conforto de fugir e esquecer
De dar à vontade direção alísia
Soprando chamas de outro ser
No ser presente em pura física.
Seria esta a resposta à esfinge
Posta à sombra do meu acaso
A arma contra a fera que finge
Recusar o desejo e o abraço.
Crédito da imagem: https://www.egito.com/grande-esfinge-de-gize