Arquiteto de obras sonhadas
A casa onde moro, a real
Flutua no éter silencioso
Além do bem e do mal.
Em essência, sou bem outro
Tenho um nome ignoto
Sou anônimo pardal...
Ave sem encanto
No entanto, lá posso voar
Desconhecendo âncoras
Em um infinito navegar.
Mentor de lições olvidadas
Repito o teorema mais vulgar
Aos improváveis alunos
Que, imagino, vêm me escutar...
Sonhem mesmo sem sonhar
Amem na impossibilidade de amar.