Textos


Um dia depois do outro...
O tempo fazendo das suas...
Quebrando louças, harmonias...
Senhor da dor e da agonia.

Quem fomos ontem não seremos hoje
Basta apenas uma palavra...
Qualquer coisa basta
Para matar na raiz
Esperança que vem e passa.

Um dia depois do outro...
A morte espreitando, disfarçada
Ora susto, ora medo
Pelas vastidão da estrada abandonada.

Quem quiser achar que é feliz
Porque sorri no ano alguns instantes
Repetirá a mentira em que se diz
Vive-se a vida tanto quanto antes.

Não existe antes, futuro também não
Só a passarela das ofensas, insuspeita dor...
Não há quem, doce, nos estenda a mão
Nem voz que aplaque d'alma esse horror.


 
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 20/11/2007
Alterado em 30/12/2013


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