Textos




E por tantas vezes ter sido eu mesmo
Na voragem alucinada das estradas

Perdi-me; e eis o desconsolo...
Não me reconhecer naquele que me chama
Ao raiar dos dias, no ocaso das semanas...


O tempo que o comanda, este ser bruto
Este homem deixado à míngua do querer
Não sossega a fera indecente, o impudente
Que anseia em seu estado seu bel-prazer.

E sem alíbi confiável vai se desfazendo
Nas idades que se acumulam, como poeira
Nos móveis da sua consciência, abandono
Insolúvel equação duma vida inteira.


Crédito da imagem : 
https://www.facebook.com/lextattooart/posts/1972879499487828/
 
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 05/07/2021
Alterado em 27/07/2021


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