Se eu seguir rumo Norte, contra o vento
a secar minhas lágrimas esquecidas...
Ainda assim não sei se te verei, amada
na janela da chegada, entregue
ao abraço que nunca mais te darei.
Atordoado, talvez melhor seria
escolher o refulgir do Oeste
onde cavalgam os índios da minha infância
e o Forte Apache me sussura segurança....
Mas quem me garante que por lá estarás,
minha única squaw desejada
a firmar tratados de paz com os invasores
do meu indefeso coração?
Fujo, pois, em asas furiosas
para o distante Leste
pássaro indomovável e inconteste...
Quero fazer-te sobrevoar as nuvens
minha namorada, meu amor, minha peste...
Então só mesmo o Sul
aplacaria a dor de todo este não encontro
pois, caso fosse tão só desencontro...
Ah! Menina arisca e cardeal
minha querência, minha terra, meu sal...
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 19/08/2019
Alterado em 06/06/2021