Por que continua esta febre rebelde
de insistir no absurdo próximo?
Por que esta inquietude não cede
se de tudo que sei o que sei é que nada posso?
O conforto de fugir e esquecer
de dar à vontade direção alísia
soprando chamas de um outro ser
no ser presente em pura física.
Seria esta a resposta da esfinge
posta sobre a sombra do meu acaso
a arma contra a fera que finge
recusar o desejo e o abraço.
* Poema escrito em 1985
Crédito da imagem: https://pt.depositphotos.com/38001411/stock-photo-fever-heat-calls-for-measures.html
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 29/11/2018
Alterado em 29/11/2018