Quem eu mesmo sou não posso dizer.
Por conta de timidez ancesntral
não me dou a conhecer, embora muitos julguem
saber além dos primeiros passos deste umbral.
Eu não existo em minha sala de estar
de resto atulhada com brinquedos que não sei brincar...
Também pudera! Sou um acúmulo de intenções
que me fazem parecer sério, mas sem razões...
Não há lugar algum em que eu passe
sem que eu mesmo ache
que por ali jamais antes passei.
Tenho em mim a novidade indomada dos exploradores
Magalhães, Colombo, Vasco da Gama...
circunavego o mundo
sem sair da cama.
Ando de uns tempos para cá a usar sorrisos
emprestados do brilho explosivo
do meu filho.
Sou espantalho alegre, não duvido
feito hoje de esperanças e beijos
e outro tanto de espigas de milho.
Ando de uns tempos para cá a usar sorrisos...
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 08/06/2017
Alterado em 12/06/2017