Lembro de certo domingo
Sinto ainda as mãos suaves entre as minhas
A segurar as horas escoando como areia
E sinto que o futuro
Não me reserva outro domingo igual.
Que assim seja!
Não me importo, não estou triste
Posso afirmar com tranquilidade clinical...
Aquele domingo é evidência que persiste
Boa nova entre as manchetes de um jornal.
Não sofrerei se o tempo turvar a luz
O azul dos olhos seus brilhará pelas curvas do seguir...
E ficará sempre aquele domingo
Como uma cruz a encimar
O templo do que um dia eu fui.
* Poema escrito em 1996.
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 09/02/2017
Alterado em 04/07/2017