A cada dia morro mais um pouco
E renasço, improvável onda
A desafiar as costas solitárias do continente
Onde tua sombra vaga em insone ronda.
E de tão longe dirige a luz que me guia
Por caminhos sem limites e sem cuidados
Onde avanço em ansiosa correria
Ao encontro da palavra que aguardo...
Palavra que se decompõe em letras de fogo
Cometa de apavorante velocidade
Que me propõe insólito jogo
De sedutora e excitante maldade...
Doce maldade que a tudo antecede
Como a fé justifica a oração...
Maldade que revive o tempo perdido
Nos corredores lúgubres da razão.
Obs: Escrito em 1995.
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 12/02/2016