Tão pouco o tempo que nos restou
Depois de tudo que acreditamos
Depois de tudo o que mentimos
Sendo sempre rebeldes meninos
Tristes criaturas de arrabalde...
E nem nos damos conta
Desta invencível decadência
Desta crônica desidratação do amor...
Eu almejo por um refúgio
Paradoxo da ilha pensada deserta
Insulada por infindável mar...
Tão pouco o tempo que nos resta
Que pela estreita e inútil fresta
Da janela da sensação
Estendo a mão incerta
Sabendo de antemão
Que já não remanesce
Nem a fé
E nem a festa.
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 02/09/2015
Alterado em 02/09/2015