Percepção de que sou
Algo a marginar o tempo corrente
Pouco mais que vulto irrelevante
Que seguindo, segue um curso inconstante
Sombra indistinta ao sol poente.
E tudo o que há ignora-me sem cerimônia
O amargo desta ferida, sem amparo
A me exigir percepção quase divina...
Para que eu possa me libertar
Das contingências das esquinas...
Mundo que passa e em que não estou.
Passa e passará apesar de mim
De tudo que penso e julgo que sou
Mas eis que o que acredito ser
Não é e nem sou
Porque era, mas já passou.
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 24/06/2015
Alterado em 06/07/2015