Esta voz que em mim reclama
E interrompe os passos da alma
Assombradamente
Calma
Esta voz que chora tua falta.
Mas será que chora?
Ou apenas perturba?
Criança malina...
Esta voz
Que não me deixa
Não me ama e nem me beija
Esta voz que nunca perguntou
Meu nome ou endereço
E ainda assim sussurra
Sobre mundos que desconheço...
Diga-me, voz sem cara
Mereço esta incerteza pura
Este calculado desprezo?
Esta voz que em mim tem fonte
Rio de águas cristalinas, ou turvas?
Que importa?
Esta voz que me define
Nada me responde
Muda, do outro lado de todas as portas.
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 20/12/2012
Alterado em 28/05/2013