Nunca mais voltarei a ser eu mesmo
Depois da tragédia de ter sido tanto...
Vou evaporar como rios no deserto
E nem uma só nuvem choverá por mim.
Não quero brotar nascentes,oásis
Nada disto, basta de sentimentos!
A mim, que já não tenho descanso
Basta o cansaço de existir.
Invisível como o amor dos poetas
Ou o ódio dos profetas
A engendrarem deuses anoxéricos
Eu desparecerei
Pó
Estético.
E pelas cidades celebrarei
A doce evidência de não ser
Pois, depois de tanto ter sido
Morrerrei agradecido
Invisivelmente despido.
alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 20/03/2012