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O trem passou cedinho, cortando a madrugada,
Engatinhando quieto, criança assustada,
Pela paisagem desse sonho
Cinema sob pálpebras cerradas.
 
Ninguém na estação chamou meu nome
Lembrou que eu fosse esperado viajante...
O trem passou e soprou enganos...
Na fuligem negra que esconde o sempre.
 
O trem que passou, passou incólume
Anjo que ilumina as trevas do descaso...
Ninguém tocou minha alma adormecida
Neste sono de outonos e ocasos.
 
E o trem, que o tempo leva embora,
Aos viajantes que aguardam adiante...
Nem sempre volta, ave inconstante,
À estação que envelhece e espera...
 
Quando eu despertar, talvez nem a cidade
Que me viu nascer neste mundo de espelho
Sobreviva sob o sol da lembrança...
 
O trem que passou, segue e desaparece...
 No horizonte, senhor da estrada...
Dançando sobre os trilhos, embala
O sono da minha vida adiada.
O trem passou cedinho, cortando a madrugada,
Engatinhando quieto, criança assustada,
Pela paisagem desse sonho
Cinema sob pálpebras cerradas.
 
Ninguém na estação chamou meu nome
Lembrou que eu fosse esperado viajante...
O trem passou e soprou enganos...
Na fuligem negra que esconde o sempre.
 
O trem que passou, passou incólume
Anjo que ilumina as trevas do descaso...
Ninguém tocou minha alma adormecida
Neste sono de outonos e ocasos.
 
E o trem, que o tempo leva embora,
Aos viajantes que aguardam adiante...
Nem sempre volta, ave inconstante,
À estação que envelhece e espera...
 
Quando eu despertar, talvez nem a cidade
Que me viu nascer neste mundo de espelho
Sobreviva sob o sol da lembrança...
 
O trem que passou, segue e desaparece...
No horizonte, senhor da estrada...
Dançando sobre os trilhos, embala
O sono da minha vida adiada.

alexandre gazineo
Enviado por alexandre gazineo em 16/04/2010
Alterado em 14/01/2011


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