Meu Diário
30/09/2008 16h27
ADEUS A PAUL NEWMAN


Morreu esta semana o ator norte-americano Paul Newman, aos 83 anos de idade, vítima de um câncer no pulmão. Newman é um dos mais importantes atores do cinema americano na segunda metade do século passado, tendo se caracterizado, principalmente, pela sua grande versatilidade.

Newman atuou em filmes dos mais diversos gêneros, como policiais, faroestes, dramas e comédias. Foi indicado 10 vezes ao Oscar de Melhor Ator, tendo ganhado 02 (dois) Oscars, o primeiro deles o Oscar Honorário em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao cinema e o segundo  em 1987 pelo filme A Cor do Dinheiro (The Color of Money) onde contracenou com um jovem ator chamado Tom Cruise.
 
Newman também foi diretor. Estreou atrás das câmaras em 1968, dirigindo a sua esposa, a atriz Joanne Woodward no drama romãntico Rachel, Rachel, que não foi bem recebido pela crítica. Seu melhor trabalho como diretor foi o filme À Margem da Vida (The Glass Menagerie) de 1987, também com Joanne Woodward e John Malkovich, em uma sensível e acurada adaptação para o cinema da clássica peça de Tenessee Williams.

Newman deixa uma filmografia de mais de oitenta filmes. Pessoalmente, de todos os seus filmes que tive a oportunidade de assistir, destaco e recomendo:
 
Rebeldia Indomável (Cool Hand Luke), de Stuart Rosemberg, onde Newman vive um presidiário. Este filme tem uma cena antológica em que Newman, para vencer uma aposta feita com um outro preso, come, ininterruptamente, 50 ovos cozidos!

Butch Cassidy and Sundance Kid, de Walter Hill, interessante faroeste, narrado em um ritmo inovador e com certo toque de romantismo. Newman faz uma parceria perfeita com Robert Redford.

O Veredito (The Verdict) de Sidney Lumet,um dos mais pungentes filmes de tribunal já feitos no qual Newman, em uma devastadora performance, dita o ritmo do filme e da própria evolução do seu personagem, um advogado fracassado, que encontra, em um caso de erro médico, a chance de encontrar a sua redenção pessoal. 

Fica a saudade de Newman e o grande vazio que sua partida deixa no cenário do cada vez mais desolador cinema moderno.

Publicado por alexandre gazineo em 30/09/2008 às 16h27